biografia

Virgulino Bento de Sousa Guajajara

Autor(es): Sebastião Bento de Sousa Lima; Alessandra Bento de Almeida; Mônica Bento de Almeida
Biografado: Virgulino Bento de Sousa Guajajara
Nascimento: 16/05/1922
Morte: 04/01/2008
Povo indígena: Guajajara
Terra indígena: Terra Indígena Bacurizinho
Estado: Maranhão
Categorias:Biografia, Etnias, Guajajara, Estado, Maranhão
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História de um Cacique Guerreiro[1]

Sebastião Bento de Sousa Lima

Alessandra Bento de Almeida

Mônica Bento de Almeida

Virgulino Bento de Sousa Guajajara nasceu no dia dezesseis de maio de 1922 na Aldeia da Pedra na terra indígena Bacurizinho. Filho do Indígena João Bento Guajajara e Dona Maria Bento Guajajara, foi alfabetizado aos sete anos de idade pelo missionário Ernesto Braz.

Em dezoito de maio de 1948 se casou pela primeira vez com a Dona Judite de Sousa Lima Guajajara, tiveram oito filhos, quatro mulheres e quatro homens. No dia oito de fevereiro de 1958 foi morar na aldeia Araribóia, no município de Amarante do Maranhão. No dia dezenove de junho de 1964 retornou a sua aldeia de origem e desta vez reassumiu a aldeia Canto do Rio juntamente com sua sogra e a sua família em geral. O cacique Virgulino viu que no local que ele morava a terra não era boa para plantar arroz, feijão, mandioca e melancia. Então o cacique Virgulino resolveu fundar um centro de trabalho de roças para sua comunidade na aldeia Sapucaia, próxima a Lagoa da Pedra com nome caldeirão. Lá era ponto de caçada.

O cacique Virgulino abandonou o ponto de trabalho ficando mais na aldeia Bacurizinho. Seu genro João Cassimiro da Silva foi transferido no dia vinte de setembro de 1981 para o posto indígena Carú no município de Bom Jardim do Maranhão. Logo depois o cacique Virgulino foi para o posto indígena Carú, levando toda a sua família. Quando chegou no posto indígena Carú, logo se enquadrou na Vale do Rio Doce, passando a ser funcionário da Vale e todos os seus filhos, ele assumiu a chefia do posto de fiscalização do PVZ, ganhando um salário bem remunerado.  

O cacique Virgulino foi um dos primeiros caciques da aldeia Bacurizinho eleito pela comunidade com finalidade de conseguir melhorar a qualidade de vida do povo tentear e também defender a terra dos invasores como os madeireiros, caçadores. O cacique Virgulerio foi o primeiro indígena da região de Grajaú a viajar para Brasília juntamente com seu cunhado Adelson Guajajara e José Paulerio Guajajara, na FAB – Força Aérea Brasileira.

Em 1978 lutou da demarcação da terra indígena Bacurizinho que iniciou no dia vinte de março de 1978, na localidade por nome Eyua, seguindo rumo direito do riacho enjeitado do povoado do Mato Zalém. A demarcação foi concluída em quinze de setembro de 1979, todas as despesas da demarcação da terra com alimentação foram assumidas pelo cacique Virgulino e seu sobrinho Fortunato de Sousa Guajajara. Foi ameaçado várias vezes de morte pelo Francisco Latão.

A demarcação da terra indígena Bacurizinho foi garantida com oitenta e quatro mil hectares. Nos anos 80 o cacique Virgulino lutou na demarcação da terra indígena Morro Branco, hoje demarcada e homologada. Cacique Virgulino faleceu no dia quatro de janeiro de 2008 e seu sucessor como cacique é seu filho mais novo, cacique Sebastião Bento Guajajara. 


Notas

[1] Trabalho Realizado na disciplina de Relações Interétnicas, durante a V Etapa do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena-UEMA em 2018.

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