Um mais um
é sempre mais
que dois

Beto Guedes — O Sal da Terra

Vilas Indígenas Pombalinas (VIP) é um projeto colaborativo de produção e
sistematização de dados e informações geolocalizadas sobre a territorialização de diferentes povos e sociedades indígenas durante a vigência das reformas pombalinas e do Diretório dos Índios. Iniciado a partir de 1755, o processo reformista criou novos direitos, obrigações e territorialidades indígenas no espaço e na sociedade colonial, mas a data limite de sua duração variou bastante e, em algumas regiões do Brasil, ainda era válido para reger a vida dos indígenas décadas depois da independência.

O projeto congrega vários e importantes colaboradores de diferentes instituições de pesquisa e ensino, todos e todas especialistas no tema, cujos nomes e currículos podem ser consultados na aba “Colaboradores”. Esta equipe foi responsável pelo levantamento e sistematização de um conjunto valioso e multifacetado de dados sobre pelo menos 191 vilas e lugares de índios, regidos pelo Diretório, e também sobre missões religiosas, aldeamentos e outras povoações indígenas que, ao que tudo indica, ficaram imunes ou pouco afetadas pela nova legislação. Ao todo, foram investigadas 19 capitanias da América portuguesa, divididas entre os estados do Brasil e do Grão-Pará e Maranhão, segundo a divisão político-administrativa em vigor na colônia por vota de 1751.

As informações coletadas estão organizadas em dois instrumentos de pesquisas: a Planilha/Bancos de dados VIP e o Mapa VIP. Ambos estão disponibilizados em aba própria para consulta e são ferramentas com capacidade de multiplicar novos interesses de investigação, inspirar projetos pedagógicos e subsidiar as demandas dos povos indígenas por terra e cidadania plena. Registre-se ainda o apoio da FAPERJ a esta iniciativa, por meio do auxílio CNE – Cientista do Nosso Estado, concedido ao projeto O Diretório dos Índios em perspectiva comparada: governança, protagonismo indígena e direitos dos povos originários.