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CACIQUE GUIRAGIBE (ASSENTO DE PÁSSARO)

Autor(es): Valclécia Bezerra Soares
Biografado: CACIQUE GUIRAGIBE
Povo indígena: Tabajara
Estado: Paraíba
Categorias:Biografia, Estado, Paraíba, Etnias, Tabajara
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A história do Brasil se estrutura a partir da celebração de heróis nacionais, episódios marcantes, monumentos, que constituem os lugares de memória (Nora, 1989), ou seja, a memória nacional. Na historiografia dos primeiros séculos de colonização, essa memória aponta para um cortejo dos vencedores, sendo esses os colonizadores em detrimento das populações indígenas. Os discursos produzidos pela historiografia e os lugares de memória, em sua maioria, ressaltam feitos de “grandes” personagens que teriam sido responsáveis por expedições, batalhas, conquista e expansão de territórios. Porém, as alianças foram indispensáveis para a realização desses empreendimentos de conquista do Brasil.

Alguns discursos produzidos foram sendo empurrados ao longo dos séculos, ganharam diferentes sentidos, mas os indígenas continuaram sendo silenciados. O índio como primitivo, como símbolo nacional situado no passado, não existindo mais contemporaneamente, são imagens que ao mesmo tempo que nega a presença indígena coloca como protagonistas outros grupos diferentes, dependendo do contexto histórico, criam lugares de memória e lugares de esquecimento (PACHECO DE OLIVEIRA, 2016)

Partindo das narrativas oficiais produzidas pela história da Paraíba, esse trabalho tem como objetivo mostrar um pouco da trajetória do Cacique indígena tabajara Guiragibe. A partir da atuação de Guiragibe junto os demais tabajaras, alianças com Potiguaras e em outros momentos com portugueses, é possível perceber como alianças foram necessárias não só para os portugueses, mas também para esses grupos. É possível perceber também como a mão de obra para construção das primeiras fortificações, igrejas, ruas, foram predominantemente indígenas. As expedições de conquista e expansão de territórios também contaram com a colaboração dos grupos indígena.

Dentro dessas narrativas contadas pela história, foi realizada uma busca por vestígios dos povos indígenas em especial do caciquei Guiragibe que viveu no século XVI, para, a partir desses fragmentos, construir uma outra narrativa que possa apontar para a presença indígena na “conquista” da Paraíba, e ao mesmo tempo, levando em conta a dificuldade de encontrar informações, mostrar o silenciamento a que esses grupos foram submetidos.

 

CACIQUE GUIRAGIBE: ORIGEM

Cacique Guiragibe, ou Assento de Pássaro, foi um dos tabajaras presente na história da Paraíba. Segundo Prado (1939), o nome Assento de Pássaro deriva do costume Tupi “…de os chefes apelidarem em festas, acontecimentos auspiciosos ou solenidade gentia, com estranhas alcunhas aos guerreiros, fosse por motejo, fosse por outro qualquer motivo”. A escolha dos nomes também tinha como objetivo “amedrontar”.

Sobre sua origem sabe-se que era parente de Piragibe ou Braço de Peixe[1], e um grande colaborador deste, inclusive, quase todas as suas ações que a história registrou, conta com a presença do Braço de Peixe, ambos reconhecidos por sua valentia. Sobre sua morte também pouco se sabe. Segundo Pinto (1977), seu parente, Braço de Peixe, viveu nas imediações até sua morte, porém nada é dito especificamente sobre o final da vida de Assento de Pássaro, ou D. Francisco, já que assim o chamaram após o batismo. As datas dos acontecimentos divergem entre alguns autores, mas a importância da participação de Assento de Pássaro em cada um dos momentos em que é citado sempre é desenhada pela sua valentia na luta contra aqueles que oscilavam entre a condição de inimigos e a condição de aliados, portugueses e Tabajaras.

Sobre seu nascimento faltam informações, mas sua presença se dá principalmente nas narrativas da conquista e povoamento do território que virá a ser a Paraíba. Segundo Prado (1964), Salvador (2010), Pimentel (2001), Almeida (1966), os tabajaras vieram da “margem baiana do rio São Francisco” entre 1584 e 1585. Em 1573,  Francisco de Caldas[2] e Gaspar de Ataíde[3] teriam partido de Pernambuco para o São Francisco a fim de cativar índios, onde conseguiram o apoio de Braço de peixe, com duzentos dos seus. Ambiciosos, decidiram aprisionar Braço de Peixe e os seus caçadores. Tomando conhecimento do intento dos traiçoeiros, mandou recado ao seu parente Assento de Pássaro. Este foi ao socorro do Braço de peixe com todos os flecheiros atacando com tamanha fúria que teria escapado apenas um com a ajuda da irmã de Assento de Pássaro que o escondeu no mato (ALMEIDA, 1978). Com isso, temendo vingança dos portugueses, Braço de Peixe e Assento de Pássaro saíram com sua gente em retirada chegando ao território paraibano no período entre 1584 e 1585, após viagem de onze anos.

Com a chegada a Paraíba, os Tabajaras se aliaram aos potiguares no combate aos portugueses. Para combater os ataques dos índios seguiu de Pernambuco, em fevereiro de 1585, uma tropa comandada por Francisco Barreto. Logo de chegada depara-se com um arraial tabajara comandado por Piragibe, momento em que fugiram para o mato, revidando o ataque nas primeiras horas da manhã seguinte (PIMENTEL, 2001). Martim Leitão, ouvidor-geral da Capitania da Bahia, por meio do padre Jerônimo Machado e alguns línguas enviados aos índios, propôs paz a Piragibe, proposta que não se concretizou devido a presença de potiguares observando tais negociações e também por receio de uma nova cilada dos portugueses, e assim retornando aos embates, segundo Almeida (1978) e Pimentel (2001).  Segundo Almeida (1978) a tropa comandada por Francisco Barreto ao chegar a Paraíba e dar de cara com a aldeia de Piragibe teria se enganado ao pensar que teriam encontrado os potiguares, e que a intenção não era declarar guerra com os tabajaras, mas paz. Um novo ataque foi realizado aos tabajaras, que se retiraram desesperados e os soldados receberam ordens para queimarem suas cercas e destruir suas obras de defesa. Prosseguiram, e após atacarem aldeias em Marés, foram acima do Rio Tibiri[4] onde deram com a cerca do principal Assento de Pássaro. Conta Almeida (1978) que esse encontro “não foi mais que um entretenimento por parte dos tabajaras, ensejando com essa detença a retirada das mulheres e crianças. ”. Quanto a esse epsódio não encontrei mais detalhes.

A notícia da proposta de paz chegou aos potiguares como uma acusação de traição por parte dos tabajaras, e estes decidiram vingar-se. A tropa de Martim Leitão que se aproximava encontrou dois índios enviados pelos potiguares para espionar essa tropa que também era uma preocupação naquele momento. Os prisioneiros revelaram a suposta traição e os planos em relação aos tabajaras. Ciente disso, o ouvidor tomou proveito da situação entre potiguares e tabajaras para propor mais uma vez paz a Piragibe, e, caso aceitasse, teria também sua ajuda na guerra contra os potiguares.

Os potiguares, convencidos da traição dos seus antigos aliados, os colocaram em aperto em guerra declarada. Nessa situação, em julho de 1585 Piragibe enviou pedido de socorro a Martim leitão para combater os potiguares. Em agosto João Tavares partiu de Pernambuco atendendo ao pedido de socorro, e “Embora a mais modesta de todas as expedições, os ventos desta vez pareciam soprar favoravelmente. (ALMEIDA, 1978, p. 84). João Tavares foi ao encontro de Piragibe concretizando a paz.

A tropa seguiu a caminho do Forte São Felipe construído a margem esquerda do Paraíba em 1584, local de escolha do general Diogo Flores Valdez, e que naquele momento já se encontrava em estado deplorável, assim como os que nele se encontrava.

Com a chegada ao forte, adoeceram vários soldados, o mestre de campo Francisco Barreto e o jesuíta Simão Travassos devido a insalubridade do lugar, o que os levou a abarcar no Campo das Ostras, duas léguas a noroeste. Enquanto isso, João Pais[5], que havia seguido para Baia da Traição, queimava várias aldeias.

 

GUIRAGIBE NA CONQUISTA DA PARAÍBA

 

Figura 1 Representação da Divisão da Capitania de Itamaracá após a fundação da Capitania da Paraíba (CARVALHO, 2008)

 

Alguns autores estabelecem essa data como a da fundação da Paraíba, 5 de agosto de 1585, dia de nossa Senhora das Neves, mas segundo Almeida (1978), a cidade só foi efetivamente fundada três meses depois. O nome, Nossa Senhora das Neves foi apenas em referência ao dia do desembarque de João Tavares, e que após isto, realizou-se apenas umas voltas para verificação do sitio recomendado por Martim Leitão”.  Falando isso, o autor se apoia no Sumário das Armadas[6] e no historiador Frei Vicente de Salvador[7].

 

Figura 2 Localização de engenhos, aldeias e fortificações com as mudanças ocorridas na última metade do século XVI[8]

       Ano de 1587                                   Ano de 1589                              Ano de 1593

 

 

Após fundada a cidade de Nossa Senhora das Neves, fazia-se necessário a construção de um forte para sua proteção, que seria o Forte da Cidade[9]. Também foram edificadas torres armazéns, sobrados e outras aditamentos. Em 1586, chegou o capitão espanhol Francisco Morales. Este se apossou do forte e das atribuições de João Tavares o que desagradou os tabajaras que se rebelaram nas aldeias, franceses retornaram a Baia e os potiguares atacaram a aldeia de Assento de Pássaro, deixando mais de 80 mortos. Essas notícias chegaram a Martim leitão que, após enfrentar impasses pelo caminho devido as condições temporais que dificultaram a expedição decidiu então ir por terra chegando a Paraíba em 23 de dezembro de 1586 (?).  No dia seguinte entregou o comando do forte a Pero de Albuquerque e partiu em expedição ao sertão da Capoaba.

Figura 3 fortificações aldeamentos e engenhos no Século XVI (CARVALHO, 2008)

Em janeiro de 1587, já de volta ao interior, Martim Leitão seguiu para o rio Tibiri (na atual região de Santa Rita-PB), a fim de ativar as obras de um forte para proteção do engenho de açúcar de elRei, cuja construção teria sido iniciada por João Tavares. Além da proteção do engenho, o forte tinha como objetivo proteger a aldeia de Assento de Pássaro que ficava nas suas imediações. A notificação tinha um duplo objetivo, povoar a várzea e dar-lhes segurança. Ao forte foi dado o nome de São Sebastião, uma vez que sua construção começou dia 20 de janeiro. Tal engenho, que segundo Almeida (1978), foi o primeiro da Paraíba e mais tarde tomou o nome de Engenho de Tibiri de Cima.  A figura acima mostra a localização de tal engenho assim como outras construções no século XVII.

A colonização da Paraíba conta com a inserção de várias Ordens Religiosas, dentre elas a Ordem de São Francisco. Por volta de 1589[10] os franciscanos, que já atuavam na Paraíba, se estabeleceram como Ordem. A historiografia diverge quanto a data, seria no final da década de 1580 e início e 1590. Os franciscanos assumiram a responsabilidade pela catequese das aldeias tabajaras de Almagra, Praia, Joanne e Mangue, e também de Guiragibe ou Assento de Pássaro. O trabalho contava com a colaboração de Guiragibe, o Assento de Pássaro que ao ser batizado recebeu o nome de Francisco e passou a ser tratado por Dom.  [11]

Figura 4 Igreja de São Francisco[12]

 

Na historiografia tomada por base aqui, há um longo período de tempo em que Assento de Pássaro não aparece, a não ser quando, após a morte de João Tavares, tomou o seu lugar na expedição que ia ao socorro de Frutuoso Barbosa que se encontrava em aperto pelos ataques dos potiguares, o capitão-mor Pero Lopes Lobo. Com este teria seguido Assento de Pássaro e sua gente, Assim como Braço de Peixe em uma correria pelas fronteiras causando grande matança e fazendo grande número de cativos, na sua maioria fêmeas e moços. Ao voltar a Paraíba, Pero Lopes Lobo se aposentou na aldeia do Assento de Pássaro. Já conhecido por D. Francisco, a sua aldeia[13] Assento de Pássaro foi atacada em 1596 pelos potiguaras causando grandes estragos. Além dessa agitação dos indígenas, essa época também foi marcada pela discordância entre Feliciano Coelho e os franciscanos.

Para concretizar a conquista da Paraíba era necessário conter os inimigos que vinham do Rio Grande e causavam grandes prejuízos a Paraíba. Nessa empreitada também esteve presente os dois chefes tabajaras Assento de Pássaro e Braço de Peixe, cada um a comandar a sua gente.  Em 1597 participou da ida ao Rio Grande com Feliciano Coelho, empreitada que contou com quatro companhias vindas de Pernambuco e uma da paraíba cujo capitão era Miguel Álvares Lobo. Segundo Almeida (1978) as cinco companhias somavam 178 homens a pé e a cavalo e 820 indios auxiliares chefiados por Assento de Pássaro, Braço de Peixe, Cardo Grande e Pedra Verde[14] . Porém, ao alcançarem a fronteira do Rio Grande a varíola atacou, matando muitos índios e brancos. Segundo Frei Vicente de Salvador, em A história do Brasil[15], em 1598 Feliciano Coelho retornou ao Rio Grande, e ao encontrar Manuel Mascarenhas para tratar de como acabar a construção do forte, propôs que ele com a gente de Braço trabalhasse um dia e no dia seguinte trabalhariam Antônio de Valadares com a gente de Assento de Pássaro. Acabado o forte, foi intitulado Forte dos Reis[16].  A construção do Forte dos Reis até hoje é atribuída aos portugueses, principalmente quando relacionado ao turismo na cidade, mas é importante chama atenção para a participação dos povos indígenas na construção das fortificações e obras públicas dos primeiros séculos da colonização.

Figura 5 Forte dos Reis Magos
 

 Depois da conquista do Rio Grande as informações sobre Guiragibe são ainda mais escassas. O que se diz sobre ele até então é que foi um grande guerreiro, um dos melhores segundo Frei Vicente de Salvador. Sua história é a história dos tabajaras na Paraíba, é a conquista e expansão desta. Sua aldeia que ficava nas imediações do Forte de São Sebastião e Engenho de El-Rei (Engenho Tibiri de Cima), situava-se próximo ao lugar que futuramente se assentará a cidade de Santa Rita (ALMEIDA, 1978).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para Walter Benjamin (1994), “Articular o passado não significa conhece-lo ‘como ele de fato foi’. Significa apropriar-se de uma reminiscência, tal como ela relampeja no momento de um perigo”. Sendo assim, o objetivo deste trabalho não é reconstruir o passado de Assento de Passáro, pois se trata de um personagem do século XVI. A principal tarefa é mostrar a participação indígena na conquista e expansão da Paraíba para pensar o silenciamento dessas populações produzido na/pela história.

A historiografia aqui analisada aponta poucos detalhes da atuação de Assento de Pássaro e de outros indígenas, mas coloca outras figuras como personagem principal. Martim Leitão, por exemplo, ganha papel de destaque por seus esforços na conquista do território paraibano. Pollack (1989) chama a nossa atenção para os processos de dominação e submissão de versões apontando para uma divisão do memoria em memoria oficial e memórias subterrâneas. Os indígenas atuaram na luta, literalmente, pela conquista não só da Paraíba, mas de todo o Brasil. Estiveram na linha de frente das batalhas comandadas pelos “grandes nomes” da história, mas por esta foram escanteados.

É preciso pensar sobre o “não-dito” pelas narrativas que produziram essa memória para compreendermos como “os esquecimentos e os silêncios da história são reveladores desses mecanismos de manipulação da memória coletiva” (LE GOFF, 1990,p. 426). Le Goff (1990) também coloca a memória coletiva como instrumento e objeto de poder. No caso do Brasil temos uma memória coletiva que atua para a manutenção de certas formas de pensamentos a respeito das populações indígenas, colocando-as como aqueles que precisavam ser dominados, alfabetizados e catequizados em nome do bem da nação que viria a ser construída, como se os diversos ataques e as incontáveis mortes fossem algo necessário, tornando-os quase justo. Isso fica claro ao medir o sucesso das investidas pela quantidade de mortos e prisioneiros levados.

A falta de informações mais amplas a respeito do nascimento e vida de Assento de Pássaro é mais um indicio desse silenciamento. Mesmo ele aparecendo tanto na conquista da Paraíba como do Rio Grande do Norte, participando da construção do Forte dos Reis que atualmente tem uma grande importância turística, o forte aparece apenas como obra dos colonizadores, citando Manoel Mascarenhas Homem e a colaboração de

Feliciano Coelho. O forte São Sebastião construído no Tibiri de Cima foi umas das primeiras construções do processo de conquista da Paraíba, tinha também o propósito de proteger a aldeia de Assento de Pássaro, o que nos leva a imaginar que ele pode ter participado da sua construção, bem como das demais que foram surgindo naquele momento, mas essa é uma obra atribuída a Martim Leitão.

Escrever sobre o cacique Giragibe tem como principal objetivo mostrar a necessidade de uma revisão crítica da história, de romper com a continuidade do cortejo triunfal da história que prima pelo “sucesso”, chamando a atenção para a importância de refletir sobre a participação das populações indígenas e para a forma que aparecem dentro da história.  É necessário construir uma narrativa histórica “a contrapelo” (BENJAMIM, 1994), ou seja, resgatar a perspectiva daqueles que “fracassaram”; analisar as relações que se estabeleceram e fazer um percurso diferente da história oficial, que vá contra o “cortejo dos vencedores” trazendo à tona essas memórias subterrâneas.

Referências

ABREU, J. Capistrano de. Capítulos de história colonial. Rio de Janeiro: Sociedade Capistrano de Abreu, 1969.

ALMEIDA, Horácio de. História da Paraíba. Vol. I, João Pessoa: UFPB, 1978.

ALMEIDA, Horácio de. História da Paraíba. Vol. I, João Pessoa: Imprensa Universitária, 1966.

BENJAMIN, Walter. Magia, Técnica e Política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

CARVALHO, Juliano Loureiro de. Formação territorial da mata paraibana, 1750-1808.

Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2008. Disponível em: file:///G:/Downloads/CARVALHO,%20Juliano.%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20ter ritorial%20da%20mata%20paraibana%20(1).pdf. Acesso em: 30/04/2018

LE GOFF , J. História e Memória. Campinas: Ed. Unicamp, 1990. (Memória, pp. 366-420).

LINS, Guilherme Gomes da Silveira d’Avila. Uma apreciação crítica do período colonial na “História da Paraíba Lutas e Resistência”. João Pessoa: Filipéia, 2006.

PIMENTEL, Altimar de Alencar. Cabedelo. Vol. I. João Pessoa: Prefeitura Municipal de Cabedelo, 2001.

PINTO, Irineu. Datas e notas para a História da Paraíba. Vol. I. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 1977. 

PINTO, Luiz. Síntese da História da Paraíba. Rio de Janeiro: Ouvidor, 1960.

PRADO, J. F. Almeida. A conquista da Paraíba. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964.

POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento e Silêncio. Revista Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v.2, n.3, 1989.

PRADO, J. F. Almeida. Pernambuco e as capitanias do Norte do Brasil. São Paulo: Editora nacional, 1939.

SALVADOR, Frei Vicente. A história do Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010.

SOUTHEY, Robert. História do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia, 1981.

WILLEKE, Frei Venâncio. Missões Franciscanas no Brasil (1500/1975). Petrópolis: Vozes, 1974.

 

Notas

[1]  Piragibe, ou Braço de Peixe, foi um chefe tabajara cuja importância Almeida (1978) e Salvador (2010) o coloca como peça chave para a conquista da Paraíba.

[2] Provedor da fazenda real em Pernambuco no período citado.

[3] Não foi possível localizar informações mais detalhadas sobre Gaspar de Ataíde, sabe-se apenas que era mercenário português (PIMENTEL, 2001, p. 59) e auxiliou Francisco de Caldas na vinda a Paraíba em busca de aprisionar índios.

[4] Segundo Almeida (1978) o aldeamento de Assento de Pássaro ficava no Tibiri de Cima, próximo ao lugar onde hoje situa-se a cidade de Santa Rita-PB.

[5] João Pais em Almeida (1978) e Salvador (2010) e João Paes em Pimentel (2001) e Prado (1939).

[6] O Summario das armadas que se fizeram, e guerras que se deram na conquista do rio Parahyba relata as guerras que resultaram na criação/conquista da Capitania da Paraíba. Foi escrito por um jesuíta anônimo que acompanhou parte das expedições, e, segundo LINS (2006), concluído em 1594. Como principal fonte referente ao tal processo, a obra foi utilizada intensamente nesta pesquisa.

[7] SALVADOR, Frei Vicente. A história do Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010

[8] . 1. Fortim de Manoel de Azevedo (1587-88), na Ilha da Restinga, e Forte de Cabedelo (1589); 2. Cidade da Paraíba (1585), Forte da Cidade (1585) e Aldeamento de Piragibe; 3. Aldeamento do Almagre, para além do rio das Marés; 4. Engenho d’El-Rei, Forte de São Sebastião (1587) e aldeamento de Guiragibe; 5. Engenho Santo André e forte de Diogo Nunes (1588). 6. Forte do rio Inobi (1589) e engenho de Duarte Gomes da Silveira; 7. Aldeamento de Piragibe.  (CARVALHO, 2008).

[9] Essa denominação é utilizada por Moura Filha para estabelecer uma distinção do Forte do Varadouro construído também para defender a cidade em 1630, segundo a autora (MOURA FILHA apoud CARVALHO, 2008). Essa estrutura teria logo se deterioirado antes mesmo da invasão holandesa e reconstruída pelos flamengos (ALMEIDA, 1978).

[10] A historiografia diverge quanto a data.  Frei Jaboatão (1858) tem o ano de 1589 como o da chegada e 1590 como a oficialização do convento.

[11] Além de receber outros nomes, alguns indígenas receberam títulos pelos serviços prestados a igreja. Para mais informações ver RAMINELLI, Ronald. Nobrezas do Novo Mundo: Brasil e ultramar hispânico, séculos XVII e XVIII. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.

[12] Figura 4 A Igreja de São Francisco começou a ser construída em 1589 e só terminou em 1788. O conjunto arquitetônico é formado pelo Adro, Igreja, Convento e Cruzeiro. Hoje funciona como Centro cultural São Francisco aberto à visitação

[13] Aldeamento Invocação de São Francisco, segundo Almeida (1978, p. 122)

[14] Também chefes indígenas

[15] SALVADOR, Frei Vicente. A história do Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010.

[16] O Forte dos reis Magos é um importante ponto turístico e histórico da cidade de Natal-RN. Marco inicial da construção da cidade, a fortificação tinha como proposito proteger contra invasões.

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